Findas as eleições autárquicas,
procedeu-se à instalação dos novos órgãos do poder local, iniciando-se mais um
ciclo de governação que abrange o período 2018-2021.
No Município de Silves,
com um executivo permanente maioritário (CDU), fortemente legitimado e
reforçado pelo voto popular em todo o concelho, a palavra de ordem, alicerçada
no programa eleitoral sufragado pela população, passa pela consolidação e
aprofundamento da ação realizada na totalidade das áreas de intervenção
municipal.
Aposta-se, designadamente, na melhoria da eficiência do aparelho
camarário, na defesa e valorização do serviço público, e no lançamento de nova
vaga de investimentos, que no fundo é a expressão máxima e a face mais visível
da qualidade da intervenção autárquica. O eleitorado reconheceu e premiou o
trabalho realizado, valorizou a postura competente, séria e positiva da
candidatura vencedora. No rescaldo da significativa confiança outorgada, cabe à
renovada liderança municipal, não relaxar, persistir e porfiar no caminho
traçado, mantendo a humildade e a plena dedicação ao interesse coletivo.
Apostila
I
- O país tem sido massacrado pelo flagelo dos incêndios florestais numa escala,
nunca antes vista. O ano de 2017 já é o pior de sempre com área ardida superior
a meio milhão de hectares (4 vezes mais que Espanha e 10 vezes mais que a
França!).
É absolutamente trágico e inaceitável o desaparecimento de número
superior a 100 vidas humanas, muitas delas encurraladas em estradas. A cegueira
ideológica dos políticos do centrão (PSD/CDS e as anteriores lideranças do PS)
que seguem/seguiram a cartilha do neoliberalismo, privatizando tudo o que mexe,
promovendo o “capitalismo do fogo”, deixando-se capturar pelo capitalismo mais
parasitário, fomentando parcerias público-privadas inoperantes (SIRESP), com um
custo total de 485,5 milhões de euros (!), onde o fumo da corrupção é visível -
é uma das razões fundamentais do estado a que chegámos.
Nos acionistas/fundadores
do SIRESP encontramos a SLN, o GES e a PT, entidades de “renome” e com “história
de sucesso”! É expressão da máxima hipocrisia política, ouvir a direita e
Assunção Cristas perorar sobre os incêndios, acusando o Estado de negligência,
quando na qualidade de governantes, mais nada fizeram, do que tentar reduzi-lo
ao mínimo, através de cortes cegos, destruindo serviços, não contratando
pessoal, desinvestindo em equipamentos terrestres e aéreos, criando
dificuldades às Corporações de Bombeiros, entregando o “negócio” do combate aos
fogos aos privados e estimulando a eucaliptização da floresta - privilegiando o
lucro fácil e imediato.
Também não deixa de ser verdade que o atual governo PS
subestimou a realidade, falhando clamorosamente na prevenção, na coordenação e nas
medidas de combate aos incêndios.
Apostila
II
- O Município de Silves está de parabéns pelo excelente trabalho de prevenção
aos fogos florestais que foi realizado, especialmente, nos últimos dois anos,
através da parceria pioneira estabelecida com o Regimento de Engenharia de
Tancos que levou à reabilitação de 180 Km de rede estruturante e cerca de 70 Km
de acessos e caminhos de transição secundários, à reabilitação e constituição
de acessos a 32 pontos de água, nas freguesias de Silves, S. B. de Messines e
S. Marcos da Serra.
Relevante na prevenção dos fogos florestais foi também o pré-posicionamento
de meios no antigo Quartel dos Bombeiros em S. Marcos da Serra com equipas
internas e externas ao concelho, que foi acompanhado de patrulhamentos por
parte de militares.
Publicado no Jornal "Terra Ruiva"
Edição de Novembro de 2017
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