“Na antecâmara
das eleições autárquicas de 1 de Outubro, torna-se, porventura, interessante e
elucidativo, fazer um exercício de comparação entre os desempenhos da anterior
liderança, no mandato autárquico transato (PSD) e a equipa que dirige
atualmente o Município de Silves, desde Outubro de 2013 (CDU). (Ressalvando que não deixa de ser a opinião
do autor, há a preocupação com a defesa da objetividade e o respeito pela verdade dos factos.) ” (TR, Julho, Parte I)
De um plano mais genérico na comparação inicial,
evidenciamos neste número do TR, diferenças mais específicas e aspetos mais
concretos, a ver: (1) rigor e eficácia da
atual gestão na negociação com terceiros, como o pagamento de indemnização
acordada no valor de 21 mil euros por terreno, que contrasta com a vontade do
anterior executivo que aceitava liquidar 144 mil euros (!); (2) concentração da volumosa carteira
de seguros e aumento substancial das suas coberturas através de concurso
público – com significativa poupança gerada - em contraponto a seguros
dispersos, bens sem cobertura (edifícios da câmara, piscinas municipais …) e inexistência de seguro de responsabilidade
civil;
(3) implementação do programa
de higiene, segurança e saúde no trabalho que compara com a sua inexistência; (4) mobilidade interna atribuída a mais
de 20 funcionários que foram reposicionados na sua carreira profissional e
viram as suas condições remuneratórias melhoradas que contrasta com o
imobilismo anterior;
(5) parque de máquinas e viaturas recuperado e renovado
com aquisições superiores a 1 milhão de euros que compara com equipamentos
“encostados” e por reparar; (6) consumo
de óleos na ordem dos 10 mil euros (anos de 2015 e 2016) num contexto de
elevado nível de atividade camarária que compara com valores superiores a 100
mil e a 200 mil euros em circunstâncias de baixo nível de investimento
municipal;
(7) prática regular de
limpeza e desinfeção dos contentores do lixo que diverge do período anterior; (8) edifício-sede da câmara sujeito a
obras exteriores e interiores (fachada, laterais, salão nobre, cúpula …) que
compara com portas e janelas degradadas, relógio parado no tempo … WC sem
consumíveis;
(9) recuperação e
restauro do painel de Maria Keil de Amaral que compara com a deterioração e abandono
do passado; (10) depósitos da rede
de distribuição de água limpos e desinfetados após longos anos;
(11) implementação de software moderno
de gestão da faturação da água e de serviços conexos em contraponto com o
software obsoleto existente; (12) cedência
corrente de autocarros a escolas e coletividades que compara com a política
precedente de não cedência;
(13) reforço
gradual dos apoios às associações, coletividades e bombeiros que compara com o
recuo e estagnação na sua prestação; (14)
resolução imediata dos litígios existentes com a Sociedade de Instrução e
Recreio de S. Marcos da Serra e a Associação de Estudos e Defesa do Património
Histórico-Cultural de Silves que compara
com a indiferença que se arrastava no passado;
(15) política dinâmica e criativa na área da cultura (Lado B,
Sunset Secrets, Cá se Faz, Jazz nas Adegas, Agenda Cultural) que destoa da ação
anterior, com a honrosa exceção da Feira Medieval, que mesmo assim, foi
alargada no espaço e qualitativamente melhorada, conduzindo a níveis de performance superiores; (16) entrada em funcionamento do Teatro
Mascarenhas Gregório com programação intensa e regular após anos de vazio e
portas fechadas;
(17) reedição do
certame anual dos citrinos, colocando ponto final a anos de abandono no concelho
que é o maior produtor nacional; (18) reedição
da famosa Festa da Cerveja em coorganização com o Silves Futebol Clube após
vários anos de “esquecimento”;
(19) investimento
permanente nas 22 escolas do concelho em oposição a intervenção incipiente e
desresponsabilização das competências municipais; (20) adoção pioneira dos Orçamentos Participativos de Natureza
Consultiva.
Deixo ao critério do leitor e do cidadão o juízo final sobre a
análise comparativa realizada, que assentou em informação bastante representativa
da atividade do Município de Silves, nos últimos anos.
Publicado no Jornal "Terra Ruiva"
Edição de Setembro de 2017
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